quarta-feira, outubro 15, 2014


Em que ficamos: os anjos têm asas, ou não?!

 

Desde miúdo que me recordo de olhar paras pinturas  nos altares da igrejas, e de pousar a minha atenção para as figuras angélicas, que, ou tocavam trombetas, certamente tipo fog horns nas  navegações celestiais, ou sopravam nos caldeirões onde os hereges eram «fritos». Esta dicotomia , entre anjos bons, de anuncio de grandes e bons acontecimentos, e anjos maus,que apesar dos rostos infantis, praticavam ou colaboravam,com as maiores tropelias de uma «igreja» que, de Cristo, nada tinha.

Interroguei-me ao longo da vida,  por mera curiosidade, sobre a questão: afinal os anjos têm asas, ou não?

Fui lendo e colhendo informação …

Fiquei a saber  que o Novo Testamento dá aos anjos uma catalogação de figuras celestes – uma espécie de lobby – intermediários entre Deus e os homens.

Sejam querubins, os portadores da mensagem (hoje gente dos midias) ou os serafins, guardadores do trono (hoje chamar-se iam guarda costas),tais figuras são, mesmo aos olhos de quem não acredita, fascinantes no seu misticismo.

Aos querubins competia avisar a «malta». E pré anunciar mensagens apocalíticas, a quem se afastasse das labirínticas veredas do Senhor .Mas e também, carrear presentes (prometidos) aos bons .Já no mundo grego eram designados por àgellos.

Mas quer em Isaías, quer depois no Novo Testamento, há unanimidade, em que os anjos da Igreja de Cristo (esses!) tinham asas.  Duas.. quatro…e até seis… asas! Criaturas fantásticas, talvez de inspiração assírio-babilónica (como hoje se pensa), de quem se chega a afirmar «sobe, voa,e plana, sobre o vento», talvez influenciados, pela  aventura de Ícaro.

Sem duvida as asas davam um certo misticismo no transmitir da mensagem,na comunicação com os homens (ainda sem Internet e sem wi-fi).

E o certo é que mesmo no judaísmo, os anjos não desapareceram (livro de Henoch).    

Eu por mim, descrente, mas desejando  viver em boa paz  com os anjos(só me faltando as asas para o ser!...) os anjos existiram. E se  existiram teriam de ter asas, para se deslocarem nos céus .De La Palisse ..
 
 Eram uma espécie de transportadores de avisos e mensagens, à época, como é hoje o inefável Marcelo. Que não tendo asas (ou terá,tal a sua mobilidade) , mergulhou no Tejo, ..sobreviveu…e aí está a passar a mensagem.
 
SF

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