terça-feira, fevereiro 24, 2015


E assim vamos …


Tem reinado uma enorme e bem orquestrada postura do desejo que a Grécia fosse vencida, logo ao 1º round.

Por mim, disse-o sempre, tinha a certeza que nunca o seria. A Alemanha falava grosso ( e os  portuguesitos pelo seu Presidente e (Governo), diziam dá-lhe forte…) mas uma já significativa maioria, desejava mesmo que o magno problema fosse(finalmente!) discutido. E a Grécia com uma coragem e habilidade singulares, baralhou e deu cartas. Porque sabia que este primeiro round era só para fazer de conta….

O Senhor Varoufakis até pareceu arrogante. Não foi? E o Tsipras um excelente e singular politico, a deixar-se ficar por detrás da cortina. Mas a questão era tão simples: se os outros países queriam, de facto, serem reembolsados, só se a Grécia crescesse. E para que cresça, é preciso parar com a austeridade desbragada. No 1º assalto, as coisas teriam de ser assim…e por isso o resultado era certo…

Tal e qual o que se passa em Portugal. Só que os economistas que temos por cá ( com algumas, raras  excepções) são gentiaga de tacho certo e saber duvidoso. Reparam como por encanto Cesar Neves, Beleza   & Cª desapareceram do mapa?).

Quem tenha acompanhado a Comunicação Social externa, daria de imediato conta o desencontro com que a mesma ia, observando e comentando a jogada de mestre (fosse qual fosse -ou venha a ser– o desfecho) e o que a Comunicação Social (i…obs…e televisões) aqui ,exultavam a cada recuo negocial.

Iremos por isso ver. Mas que nada fica igual, isso poderemos ter a certeza. E vai ser interessante ver o que se vai passar com os calendários eleitorais, próximos.

 

O Sr  Yanis Varoufakis

 Comecei a conhecer o Sr. Varoufakis, um pouco antes de ele ter entrado para o governo grego. Já aqui um dia o referi (e aconselhei) o excelente livro «O Capital no Séc. XXI –de Thomas Piketty. Nele este excelente ( e notável!) economista (que se deu ao luxo de recusar a Legião de Honra, oferecida por Hollande) resume que será necessário para resolvera crise europeia: por a funcionar o imposto sobre os mais ricos. De outro modo, prova, a europa nunca crescerá acima dos 2% (e as dívidas soberanas serão impagáveis).
Ora Varoufakis foi dos primeiros a entrar em polémica com o colega francês. E manteve (e mantém!....) opinião diferente: os governos é que têm na mão o poder para fazer crescer os Países, investindo fortemente, mas bem…

Foi excelente seguir a polémica. E depois acabar por conhecer o irrequieto Varoufakis,um economista conceituado que lamenta ter sido um Professor de Economia sem nunca se ter ensaiado como economista. E é agora tempo de se ensaiar. E até se deixa apaixonar por um convite de uma start-up americana, produtora de jogos informáticos. E logo se especializou na teoria dos jogos…

Tipo brilhante, que arrisca. Que foi extremamente duro e pouco preconceituoso com os ministros europeus, que não apreciaram a denúncia por ele feita que na europa o rei vai nu…para o abismo.

Por isso fiquemos na expetativa. Aproveitando, como os corredores, a lebre que vai á frente, que nos permite corrigir o caminho.

Por isso foi triste ver Portugal rendida a um tipo (Schauble) de que basta a figura grotesca para  me meter arrepios.  
( E por cá todos à espreita da lebre)
SF

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