quinta-feira, março 12, 2015





A história repete-se, só que agora....

Depois de uns seis anos de um atribulado e ambicioso trabalho, deixámos  CVCN (Clube de Vela da Costa–Nova) como todos «os outros» que dirigismo, num total de 36 anos: - prestigiado, rico, cheio de vida.
Um Clube que nos foi entregue destruído, falido - no charco da ignomínia –foi recuperado dentro de num processo diabólico, envolvido num tortuoso processo judicial.E num ápice, pagas as dividas, duns moirões podres, a cair, surgiram as melhores instalações de um Clube Náutico, não só da região como do País. O prestígio e os níveis de qualidade alcançados, tanto pelas  iniciativas invulgares (Campeonato da Europa Sharpies, Semana Internacional de Vela escolas de Vela etc etc…..) como pela vivência  interessada(e participada) dos associados à volta do Clube, fez com que o mesmo viesse a ser  considerado, o segundo, do panorama nacional da náutica desportiva(logo  atrás do   de   Cascais).

Entendi sair em 2006 .Não gosto de me perpetuar nos cargos. Sempre assim foi. Faço o que tenho a fazer …e entrego em mãos, que julgo boas, a Instituição. Foi assim em todas elas: Illiabum, Associação do Bombeiros, Casci e CVCN  ( no total de 36 anos de dirigismo no mais problemático cargo associativo).

Assisto hoje, perplexo (e profundamente magoado… e irritado) à situação que se vive no CVCN. Abandonado, não há Direcção que assuma o Clube. Em risco a sua existência, tal a destruição que, lenta mas inexoravelmente, ocorreu nos anos seguintes, e até hoje. E isto apesar dos meus constantes avisos.

Hoje (perante as solicitações feitas à porta) é tarde para  recomeçar tudo de novo. Há que insuflar ordem, vida, e cuidar das instalações. Refazendo tudo, como no passado. Mesmo que houvesse tempo de vida para…não há condições de repor o Clube no seu lugar num breve espaço temporal. E eu  tenho uma janela de vida já muito curta.

Ver em vida isto acontecer, dói. Sentimos que tudo é fantasticamente perecível. E o que sacrificada  (e arriscadamente fizemos) não é valorizado pelos herdeiros.

 Há muitos anos, numa Assembleia Geral do Illiabum em que se discutia a  entrega das suas chaves à Câmara, dando por finda a sua história, tive a «infelicidade (?!) de afirmar:

-Quando forem passem lá por casa, e deixem as chaves. O Illiabum nunca morrerá….. enquanto eu for vivo...

E é que sucedeu mesmo…

Agora as coisa não são assim.Lamento.

SF

 

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