domingo, junho 14, 2015


AML   homenageada pelo CHIO.PÓ.PÓ

 
O Chio-Pó-Pó ,vestuta e original comandita, sarcástico -politiqueira, ficou nos anais do historial de Ílhavo .E nele perdurou como referência carnavalesca para mascarar de ridículo, o sério,  por vezes mézinha irónica,  purga de grande efeito.   

Nascido num tempo de agonia monárquica, o CHIO-PÓ-PÓ é hoje, depois de outros caminhos ensaiados(mas e também louváveis) uma Associação com um programa diversificado, sempre preocupada com uma intervenção de cariz marcada, e preocupadamente, interventora- cultural .

Na sua  ultima iniciativa(ontem ) trouxe ao palco para  render  justo destaque , a  ilhavense Ana Maria Lopes.E louvar com os seus amigos e admiradores ,o que aquela tem feito pela cultura ilhavense..

Antes de opinarmos sobre a homenageada, permitam-me que saliente como, muito salutar e original,que o CHIO-PÓ-PÓ ,nestas suas iniciativas ,junte aos «velhos da praia» -que já não trazem surpresas  nos gestos, nem nos feitos! -novas promessas..Gostei desta nova gente que envereda por uma  nova musicalidade, longe do facilitismo serôdio,desbravando novas experiências   onde o erudito se mistura com o novo ( bach com variações).E  até com o «novo» de criação própria, destes ambiciosos jovens.

Sempre acreditei que Ílhavo tinha(tem...) novos jovens capazes de ombrear com os «velhos.Não do restelo ....mas da cidade da nocha»».

Mais do que fazer o caixote do CCI, Ílhavo deveria ter-se preocupado  em criar bases de apoio para esta geração.  Apoiando merecidos autores, fosse no campo da escrita, musica ,teatro, cinema etc.. etc. Mas isso era uma nova visão politica. E de politicos, estamos conversados.....
Parabéns  CHIO-Pó-Pó...e continuem....  

Ah!...sim...voltemos à homenageada..

É sem duvida um case study esta AML. Numa terra em que a mulher não costumava assumir relevo fora de casa -assim mandava o cardápio da terrinha- a AML projectou-se com um natural (congénito..) interesse pelas «Marintimidades».

Não sendo uma criativa, é uma excepcional e metódica «reparadora de... ». Coleccionadora de «imagens», muitas vezes só registadas no sensório. É uma etnóloga  com clara vocação linguistica .
Gosta de colaborar...em certas condições, claro.

Foi até hoje a única mulher  Directora do Museu. E durante a sua vigência, fez esforços e conseguiu,  que o Museu  assumisse cada vez mais, o seu pendor marítimo. Esforçou-se por privilegiar na sua mostra uma certa componente do historial lagunar(nem sempre com rumo correcto, em nossa opinião). E mostrou às escancaras a sua predilecção pelo «Moliceiro», de que viria a editar um interessante livro, rara colecção de painéis que sempre lhe despertaram, curiosa e apaixonada atenção.
Conheço-a particularmente bem. Para lhe enaltecer as virtudes e criticar os defeitos.

Aqui há oito anos apontei-lhe um :
 - Gostava que escrevesses com mais paixão, menos sujeita ao descritivo da imagem...

Não sei se ligou a tal...mas que ela sabe que hoje escreve muito mais apaixonadamente as suas «marintimidades» não tenho-não tenho eu ,e ouvi-o de várias bocas- a menor duvida.

  SF


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